Em uma mesa qualquer, bebo mais um gole do meu refrigerante,  e continuo a escrever naquele pequeno caderno que sempre levo em minha bolsa. 
“Querida vida, explica-me por que tenho que dizer adeus para certa pessoas? Por que tenho que deixar elas irem embora?…” 
E nesse pequeno trecho do começo da página do tal caderno, que me pergunto todos os dias. As vezes, passo um certo tempo me perguntando, para que conhecer-las? Se eu vou ter que deixá-las depois? “Me pergunto para vida” será que para ela mesmo que devo perguntar? Neste instante, me lembro de quando eu era criança, me lembro o quanto quis virar várias coisas, e que na maioria, fracassei. Ainda venho a me perguntar, quantas pessoas deixei? Quantas me deixaram? e quantas ainda me deixaram e eu as deixarei.
E então, pego um cigarro e continuo escrevendo em meu pequeno caderno.
“Acho que todos os meus amores ou minhas paixões, não passaram de ilusões. Ilusões e mais ilusões, eu bem que queria algum príncipe encantado descendo de um cavalo, pronto para me fazer feliz, mas eu  comecei a acreditar desde então, que aquele tal “príncipe” que vemos nos contos de fadas, somos nós mesmo que fazemos, algumas pessoas podem fazer qualquer homem virar um, mas só as verdadeiras conseguem fazer isto. 
E se fosse tão fácil encontrar “o amor da minha vida”? Mas, primeiro, para você saber quem é bom o suficiente para você, você tem que ver, se você pode ser bom o suficiente para outra pessoa. E se você não provar do errado, como pode saber o que é certo?…”
Me levanto e penso comigo mesmo, vou redesenhar meu coração, pois assim, eu sei que não, me magoarei novamente.
Pego meu caderno, guardo em minha bolsa, e saio desta mesa nessa noite fria, pois cansei de perguntar ao mundo “Quem eu sou?” Agora vou dizer a ele, “Esse sou eu”.

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